Universidade em foco - 30/01/2006 17:15

SERVIÇO
HU fará laqueadura e vasectomia para funcionários da USP e seus parceiros

Agência USP

O Hospital Universitário (HU) da USP vai realizar, em breve, cirurgias de esterilização (vasectomia ou laqueadura) para funcionários da Universidade de São Paulo e seus parceiros. Segundo o médico urologista Américo Toshiaki Sakai, presidente da Comissão de Padronização de Esterilização Cirúrgica, a expectativa é que os procedimentos possam ser realizados já nos próximos meses. Entretanto, a definição da data depende da decisão da Comissão de Ética do HU, que está avaliando o programa.

Atualmente, o hospital não faz cirurgias de vasectomia, e realiza a laqueadura somente em caso de indicação médica. Sakai explica que, no caso das cirurgias de esterilização, há uma preocupação em se adequar a leis municipais, estaduais e federais, e à ética médica.

Segundo o médico, serão elegíveis funcionários ou seus parceiros, maiores de 25 anos, com dois ou mais filhos da mesma união estável. "A decisão é do casal e não de um indivíduo", ressalta Sakai.

Esclarecimento
A Comissão Multidisciplinar presidida por Sakai foi criada em 2003, especificamente para instalar e executar esse programa para funcionários da USP. Participam da comissão diversos profissionais médicos, enfermeiros, assistente social e psicólogos.

"Antes da cirurgia, é necessário esclarecer o casal sobre a existência de outros métodos contraceptivos", afirma o médico. O casal deve assistir a palestras, passar por entrevistas com médicos, psicólogos e assistente social.

O hospital elaborou um fluxograma de atendimento. Primeiramente, uma solicitação será encaminhada para o Serviço de Arquivo Médico (Same) e uma entrevista agendada com o Grupo de Planejamento Familiar. O paciente ainda participará de palestras de esclarecimento. Após esses procedimentos, será preenchido o pedido. O interessado passará por uma entrevista com a assistente social, médico e psicólogo e, se aprovado, assinará o termo de consentimento, encaminhado para a comissão médica. Depois de uma avaliação médica final, o paciente será encaminhado para o cirurgião, que marcará a operação.

De acordo com Sakai, legalmente há necessidade de transcorrer pelo menos 60 dias a partir da data do esclarecimento (palestra) sobre métodos de contracepção e do pedido de esterilização cirúrgica até a data da cirurgia.

Vasectomia e Laqueadura
A vasectomia é a ligadura dos canais deferentes no homem, interrompendo a passagem do espermatozóide. Assim, o homem pode ter relações sexuais normalmente, sem o risco de uma gravidez inesperada. Pode falhar, principalmente nos primeiros meses, porque pode ocorrer recanalização espontânea ou permanência de espermatozóides no canal, necessitando de controle com espermograma. Segundo Américo Sakai, é possível reverter a vasectomia em mais de 90% dos casos, mas a taxa de gravidez não é a mesma, dependendo do tempo em que a vasectomia foi feita.

A vasectomia é feita com anestesia local e é mais simples se comparada à ligadura de trompas (laqueadura), na qual são bloqueadas as trompas de falópio, procedimento que impede o espermatozóide de chegar ao óvulo.

Com informações da assessoria de imprensa do Hospital Universitário.

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